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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

José De Anchieta E Suas Obras

Nome Completo 
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José de Anchieta

Quem foi

Padre José de Anchieta foi um padre jesuíta espanhol que atuou na catequização de índios e evangelização no Brasil durante a segunda metade do século XVI. Foi também teatrólogo, historiador e poeta.

Nascimento

Padre José de Anchieta nasceu na cidade de San Cristobal de La Laguna (Espanha) em 19 de março de 1534.

Morte

Padre José de Anchieta morreu na cidade de Iriritiba (atual Anchieta no estado do Espírito Santo) em 9 de junho de 1597.

Beatificação

José de Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo II em 22 de junho de 1980.

Principais realizações

Catequizou índios brasileiros no século XVI, na região da atual cidade de São Paulo.

- Foi um dos fundadores da cidade de São Paulo.

- Participou da fundação do Colégio de São Paulo.

- Defendeu os índios brasileiros das tentativas de escravização por parte dos colonizadores portugueses.

- Lutou ao lado dos portugueses contra os franceses estabelecidos na França Antártica.

- Dirigiu o Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, entre os anos de 1570 e 1573.

- Foi nomeado, em 1577, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil.

Principais obras

"Poema à Virgem"
- "Os feitos de Mem de Sá"
- "Arte e Gramática da língua mais usada na costa do Brasil"
- "A Cartilha dos Nativos" (Gramática tupi-guarani)
- "Carta da Companhia"

Canonização

Em 3 de abril de 2014, o papa Francisco oficializou a canonização de José de Anchieta. Ele é o terceiro santo brasileiro da Igreja Católica, passando a ser chamado de São José de Anchieta.

Você sabia?

- No Brasil, comemora-se em 9 de junho o Dia de Anchieta.



Carta De Pero Vaz De Caminha

Pequeno trecho

Senhor:
Resultado de imagem para carta de pero vaz de caminha Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.
 Da marinhagem e singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã- Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.
 Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
 Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz.

Fonte:http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.br/conteudo/perovazcaminha/carta.htm